terça-feira, 17 de junho de 2014

Dias de Copa: A Estréia

Quinta-feira, dia 12 de junho. Um dia histórico para o Brasil. Sessenta e quatro anos depois, a Seleção Canarinho volta a jogar uma Copa do Mundo no Brasil. Em 1950, o Brasil estreou na Copa vencendo o México por 4 à 0.
Foi um jogo histórico, visto que o Brasil já era visto como uma das favoritas ao título, assim como em 2014. A emoção de ser a sede do maior torneio do futebol mundial era imensa. Claro que o fato da Europa estar arrasada com a 2ª Guerra Mundial ajudou na escolha do Brasil como sede do Mundial. Porém, naquele ano, quando os jogos começaram, todos os estádios já estavam prontos. Além disso, as exigências da FIFA eram bem menores do que hoje. Bastavam arquibancadas para no mínimo 20 mil torcedores, alambrados, cabines para a imprensa e autoridades e túneis interligando os vestiários ao gramado.
Mesmo assim, foi um espetáculo a parte. O Brasil foi extremamente receptivo com os turistas e, em momento algum, o então Presidente Gaspar Dutra foi vaiado ou xingado nos jogos.
Já em 2014... Uma abertura bastante criticada, com razão em alguns aspectos como o Playback de Claudia Leite, Jeniffer Lopez e Pitbull, e sem razão em outros. Mas feio mesmo foram as vaias e xingamentos dirigidos à Presidenta Dilma. Isso foi vergonhoso.
Já o jogo foi muito bom. Apesar do gol contra do Marcelo, a vitória foi convincente. Na verdade, ninguém me tira da cabeça que o Marcelo fez o gol contra de propósito. Ele pensou: “Entre Fred, Hulk, Oscar e Neymar, eu não tenho chance nenhuma. Vou garantir que o 1º Gol seja meu. Faço contra e pronto!”
Mas mesmo com o tropeço, o Brasil se saiu bem. Menos o Paulinho, que eu ainda não entendi o que tava fazendo em campo. Na verdade, enquanto ele jogou (ou não jogou!) a gente ficou foi com um a menos.
Só que para um time que tem Neymar, jogar com um a menos (ou com o Paulinho, que dá no mesmo) não faz diferença. Que golaço aquele primeiro gol. E que jogada incrível do Oscar. Esse também tava voando.
Digam o que quiserem sobre o pênalti sofrido pelo Fred, se o arbitro errar pro Brasil, pra mim ele tá sempre certo. Além disso, o Fred já ta com 30 anos, quase em fim de carreira e vai ter que achar outra profissão logo logo. Porque não ator!! Mas ta valendo, né. E tudo bem que a cobrança do Neymar não foi lá essas coisas e que o goleirão croata Pletikosa quase pegou, mas o que importa é que a bola foi pro fundo do gol e ponto final. O resto é especulação e boato.
Agora, obra prima mesmo foi o terceiro gol, o gol do Oscar. Não sei se é porque ele ainda ta emocionado com o nascimento da Julia ou se queria que o primeiro gol dele depois de ser pai fosse inesquecível, mas a verdade é que foi um golaço. E merecido, afinal, de longe, o garoto foi o melhor jogador brasileiro em campo.
Mas no fim das contas mesmo, o melhor jogador brasileiro não estava no campo, mas na arquibancada. Tirando aquele momento de falta de educação com a Presidenta, a torcida foi incrível. Cantar o Hino à Capela pode até ser manjado, mas ainda arrepia. Depois do time entrando, todos unidos com as mãos nos ombros, do Capitão Thiago Silva chorando durante o Hino Nacional, ouvir a torcida cantando foi algo sublime e maravilhoso.
Se a história vale, em todas as Copas que vencemos, ganhamos na estréia. Então, estamos à caminho de mais uma taça. Pelo menos, é o que eu espero. E que venha o México.

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