Noutro dia estava ouvindo rádio, quando um dos locutores comentou que odiava funk. Imediatamente seu companheiro lhe respondeu que funk também faz parte da cultura nacional.
- Então estamos mal de cultura, hein! – foi a resposta do primeiro.
E devo confessar que concordo com ele. É difícil pensar que uma música na qual as mulheres são chamadas de cachorras e “tchutchucas” e que ensinam os garotos a chegar em uma menina e perguntar: “e aí, gata, já é ou já foi?” ao invés de fazer algo romântico, como beijar a sua mão e abrir uma porta de carro, seja considerado como cultura.
Taí a definição de cultura: “Sistema de idéias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade”. Sempre achei esse conceito meio abstrato e vago pra definir a cultura brasileira, já que existe uma imensa variedade de microssociedades dentro do território brasileiro.
O tamanho continental do Brasil torna quase impossível que seja feita uma definição clara e objetiva da cultura. É preciso fazer um grande apanhado e integrar as várias representações regionais da cultura.
Mas definitivamente, o funk não se integra à esse apanhado. Mesmo coisas estranhas e surpreendentes, tais como forro à la Calypso e a música brega, queira ou não (e devo confessar que, pessoalmente, não queria) fazem parte dessa mistura de gostos e representações culturais.
Isso porque, de alguma forma, isso realmente representa o que as suas regiões vêem como vida e sociedade. Mas se o funk representar verdadeiramente a nova sociedade brasileira, então estamos ferrados. Ate porque a única coisa que o funk ensina é como humilhar e reduzir à uma condição de inferioridade as pessoas ali retratadas. Mulheres são objetos e homens são trasgos desalmados.
Nunca gostei muito do programa Zorra Total, da Globo, mas havia um quadro, das funkeiras, que eu adorava! Uma siticom simples e clara, que mostrava como o funk oblitera a razão e transforma as pessoas em seres ignorantes.
Pra quem não sabe, o funk surgiu nos Estados Unidos, como uma forma dos negros expressarem sua indignação com a condição de inferioridade perante a sociedade branco-racista (isso sim é cultura). Mas entre outras coisas, o funk original americano tem letra! Nesse funk que tomou conta do Brasil, qualquer palavra com mais de três sílabas é descartada, sob a alegação de que não rima com o resto da letra (tem isso lá?). Mas a verdade é que a maioria dos “letristas” de funk não consegue soletrar palavras mais complexas.
Vamos deixar claro aqui que não estou criticando quem gosta de funk! Como dizia meu finado avô: “O que é do gosto, é regalo da vida!”. Tem gosto pra tudo, tem gente que gosta de funk, tem gente que não gosta de música, tem gente até que torce pro Corinthians!
O problema é tentar transformar o funk, esta anomalia musical, em cultura e dizer que isso seja cultura. O dia que isso for verdade, vou poder dizer que Machado de Assis era um velho decrépito e que eu sou o expoente da literatura nacional!!! O mundo (ou pelo menos o Brasil) vai estar definitivamente encrencado.
- Então estamos mal de cultura, hein! – foi a resposta do primeiro.
E devo confessar que concordo com ele. É difícil pensar que uma música na qual as mulheres são chamadas de cachorras e “tchutchucas” e que ensinam os garotos a chegar em uma menina e perguntar: “e aí, gata, já é ou já foi?” ao invés de fazer algo romântico, como beijar a sua mão e abrir uma porta de carro, seja considerado como cultura.
Taí a definição de cultura: “Sistema de idéias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade”. Sempre achei esse conceito meio abstrato e vago pra definir a cultura brasileira, já que existe uma imensa variedade de microssociedades dentro do território brasileiro.
O tamanho continental do Brasil torna quase impossível que seja feita uma definição clara e objetiva da cultura. É preciso fazer um grande apanhado e integrar as várias representações regionais da cultura.
Mas definitivamente, o funk não se integra à esse apanhado. Mesmo coisas estranhas e surpreendentes, tais como forro à la Calypso e a música brega, queira ou não (e devo confessar que, pessoalmente, não queria) fazem parte dessa mistura de gostos e representações culturais.
Isso porque, de alguma forma, isso realmente representa o que as suas regiões vêem como vida e sociedade. Mas se o funk representar verdadeiramente a nova sociedade brasileira, então estamos ferrados. Ate porque a única coisa que o funk ensina é como humilhar e reduzir à uma condição de inferioridade as pessoas ali retratadas. Mulheres são objetos e homens são trasgos desalmados.
Nunca gostei muito do programa Zorra Total, da Globo, mas havia um quadro, das funkeiras, que eu adorava! Uma siticom simples e clara, que mostrava como o funk oblitera a razão e transforma as pessoas em seres ignorantes.
Pra quem não sabe, o funk surgiu nos Estados Unidos, como uma forma dos negros expressarem sua indignação com a condição de inferioridade perante a sociedade branco-racista (isso sim é cultura). Mas entre outras coisas, o funk original americano tem letra! Nesse funk que tomou conta do Brasil, qualquer palavra com mais de três sílabas é descartada, sob a alegação de que não rima com o resto da letra (tem isso lá?). Mas a verdade é que a maioria dos “letristas” de funk não consegue soletrar palavras mais complexas.
Vamos deixar claro aqui que não estou criticando quem gosta de funk! Como dizia meu finado avô: “O que é do gosto, é regalo da vida!”. Tem gosto pra tudo, tem gente que gosta de funk, tem gente que não gosta de música, tem gente até que torce pro Corinthians!
O problema é tentar transformar o funk, esta anomalia musical, em cultura e dizer que isso seja cultura. O dia que isso for verdade, vou poder dizer que Machado de Assis era um velho decrépito e que eu sou o expoente da literatura nacional!!! O mundo (ou pelo menos o Brasil) vai estar definitivamente encrencado.
Corinthians amor!!!!
ResponderExcluirAgora ofendeu!!!
Rsrsrsrsrsrs
TE AMO!!!!
Vida besta, meu deus.
ResponderExcluirheheheheh.
Assino embaixo.
Bem lembrado quando você comenta sobre a origem do funk(sua essência),mesmo assim nunca fui adepta do desse ritmo mesmo assim....mas tento respeitar os gostos. Mas pessoalmente acho deplorável ver que mulheres se prestam a papéis rídiculos viraram simplesmente frutas e animais(melancia hoje, maracujá amanhã, a cachorra de hj será a baleia de amanhã e assim por diante...). Viva ao empobrecimento e falta de amor próprio,Viva ao Brasil!!!
ResponderExcluirPois é! nesta cultura a mulher atravessou fases muiitas...
ResponderExcluirJá foi estatua de amor esculpida por DEUS, já teve olhos que ofuscou os raios do sol, foi a coisa mais linda mais cheia de graça,dona do amor que o infinito, foi o concavo e o convexo,
depois começou a.. sentir o peso do seu corpo no meu.. solicitada para dar uma abaixadinha e mexer gostoso...Nossa!! foi denominada tchutchuca do seu tigrão, pior foi o Serginho morder no seu grelinho, depois disso virou éguinha pocotó, descontrolada, atoladinha e com lapada na rachada!! Isso é cultura meu DEUS?? Socorro! Gostaria de retroceder no tempo e deleitar-me com o romantismo de outrora. Bom ler seu texto