Mais uma vez andei freqüentando ambientes culturais. Dessa vez foi o show da dupla Chitãozinho & Xororó. Tudo bem, reconheço que parece estranho, algo piegas, freqüentar um evento desses. Mas, como dizia meu avô, o que é do gosto é regalo da vida. Somente, devo informar que não tô falando do meu gosto. Estou falando do gosto da Paula. Foi ela quem me arrastou para aquele show.
Só que pra chegar ao show foi uma verdadeira tragédia! São Pedro não poderia ter escolhido um outro dia pra fazer tanto frio? Somos mato-grossenses, ora! Não importa o quanto reclamemos do calor, não fomos feitos para passar frio. Fazia muito tempo que não via minha respiração se condensar na minha frente, fazer aquela fumacinha.
Mas devo dizer que as coisas negativas param por aí. Depois que já tínhamos enfrentado o frio cortante pra chegar ao Centro de Eventos, concluí que não tinha perdido minha viagem. O show foi ótimo. Num revival da era de outro do sertanejo, a dupla cantou as musicas mais antigas, as famosas modas de viola. E também, sem perder uma das características que fizeram o sucesso da dupla, eles tiraram do fundo do baú algumas guarânias paraguaias.
A dupla parece ter, enfim acertado a mão. Depois de algumas tentativas frustradas de mudanças, Chitãozinho e Xororó acabaram por decidir que era melhor mesmo se manter nas musicas que fizeram o sucesso da dupla no passado. As novidades até existem, mas bem tímidas e sempre seguindo a linha daquilo que já deu certo antes.
Essa táctica se mostrou bastante acertada, considerando que quase todos os expectadores acompanhavam os dois na cantoria. Desde o princípio do show, o que se via era uma platéia animada, participativa e que, principalmente, acompanhava todas as canções. Isso, pelo menos pra mim, é prova de que o show agradava.
Uma das minhas maiores dúvidas era se a dupla ia cantar um dos seus atuais sucessos, “Sinônimo”. E se cantasse, quem faria às vezes do Zé Ramalho. Parecia meio absurdo que o próprio Zé viesse até Cuiabá pra cantar só uma música. Havia, lógico, o risco claro de se nomear um representante de Zé Ramalho, afinal, dificilmente encontraríamos alguém minimamente tão competente quanto ele. Mas minhas dúvidas foram sanadas cedo. Sim, eles cantaram a música. E mais surpreendente, acompanhados pelo próprio Zé. Devidamente projetado, do dvd, numa tela ao lado do palco. Se a dupla propriamente dita cantou em playback eu não sei. Mas se cantou, foi a única musica assim. As outras foram, claramente, cantadas ao vivo.
Fora a dupla propriamente dita, o resto da banda também é muito boa. Um violonista solo que não deixa nada a dever aos guitarristas de qualquer banda de rock. Um cara que tocava acordeom que podia tocar em qualquer festa junina do nordeste. Um violinista, tomado da Família Lima que era um show à parte. Na verdade, acabei descobrindo nessa sexta que o casamento da Sandy com o Lucas Lima foi por interesse:
– Toma a Sandy pra vocês e me dá aqui um violinista bom! – teria dito o Xororó.
No final, como todas as duplas antigas, é claro que os dois quiseram mostrar que também podem ser “modernos”. Inventaram uma batida misturada de sertanejo com hip hop e depois com uma mixagem que eu, pessoalmente, achei muito ruim. Mas como todo mundo já tava em paz consigo mesmo e com o mundo, além de já ter aproveitado muito o show, ninguém ligou muito.
Pra encerrar, ao som da musica-tema do extinto especial Amigos, a banda reunida do centro do palco, numa despedida linda e emocionante. Enfim, um show em que valeu a pena pagar o ingresso e enfrentar o inusitado frio cuiabano!
Só que pra chegar ao show foi uma verdadeira tragédia! São Pedro não poderia ter escolhido um outro dia pra fazer tanto frio? Somos mato-grossenses, ora! Não importa o quanto reclamemos do calor, não fomos feitos para passar frio. Fazia muito tempo que não via minha respiração se condensar na minha frente, fazer aquela fumacinha.
Mas devo dizer que as coisas negativas param por aí. Depois que já tínhamos enfrentado o frio cortante pra chegar ao Centro de Eventos, concluí que não tinha perdido minha viagem. O show foi ótimo. Num revival da era de outro do sertanejo, a dupla cantou as musicas mais antigas, as famosas modas de viola. E também, sem perder uma das características que fizeram o sucesso da dupla, eles tiraram do fundo do baú algumas guarânias paraguaias.
A dupla parece ter, enfim acertado a mão. Depois de algumas tentativas frustradas de mudanças, Chitãozinho e Xororó acabaram por decidir que era melhor mesmo se manter nas musicas que fizeram o sucesso da dupla no passado. As novidades até existem, mas bem tímidas e sempre seguindo a linha daquilo que já deu certo antes.
Essa táctica se mostrou bastante acertada, considerando que quase todos os expectadores acompanhavam os dois na cantoria. Desde o princípio do show, o que se via era uma platéia animada, participativa e que, principalmente, acompanhava todas as canções. Isso, pelo menos pra mim, é prova de que o show agradava.
Uma das minhas maiores dúvidas era se a dupla ia cantar um dos seus atuais sucessos, “Sinônimo”. E se cantasse, quem faria às vezes do Zé Ramalho. Parecia meio absurdo que o próprio Zé viesse até Cuiabá pra cantar só uma música. Havia, lógico, o risco claro de se nomear um representante de Zé Ramalho, afinal, dificilmente encontraríamos alguém minimamente tão competente quanto ele. Mas minhas dúvidas foram sanadas cedo. Sim, eles cantaram a música. E mais surpreendente, acompanhados pelo próprio Zé. Devidamente projetado, do dvd, numa tela ao lado do palco. Se a dupla propriamente dita cantou em playback eu não sei. Mas se cantou, foi a única musica assim. As outras foram, claramente, cantadas ao vivo.
Fora a dupla propriamente dita, o resto da banda também é muito boa. Um violonista solo que não deixa nada a dever aos guitarristas de qualquer banda de rock. Um cara que tocava acordeom que podia tocar em qualquer festa junina do nordeste. Um violinista, tomado da Família Lima que era um show à parte. Na verdade, acabei descobrindo nessa sexta que o casamento da Sandy com o Lucas Lima foi por interesse:
– Toma a Sandy pra vocês e me dá aqui um violinista bom! – teria dito o Xororó.
No final, como todas as duplas antigas, é claro que os dois quiseram mostrar que também podem ser “modernos”. Inventaram uma batida misturada de sertanejo com hip hop e depois com uma mixagem que eu, pessoalmente, achei muito ruim. Mas como todo mundo já tava em paz consigo mesmo e com o mundo, além de já ter aproveitado muito o show, ninguém ligou muito.
Pra encerrar, ao som da musica-tema do extinto especial Amigos, a banda reunida do centro do palco, numa despedida linda e emocionante. Enfim, um show em que valeu a pena pagar o ingresso e enfrentar o inusitado frio cuiabano!
"Casamwnto por interesse", nos velhos moldes da fazenda!!! hehehehe
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