Continuamos nossas divagações sobre a pré-estréia do Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Como eu disse antes, a fila era descomunal. Mas uma coisa que pude notar naquele monte de gente era que a média de idade era bem baixa. Praticamente todo mundo ali era adolescente. Eu tava quase perguntando onde era a fila preferencial para idosos.
A média dos que esperavam na fila era tão adolescente que chegou a extremos de uma menina que estava logo atrás de mim dizer que o tumulto todo era causado porque “lá na frente só tem moleque!”. Olhando para o rosto frágil e delicado da menina que falou aquilo, não resisti e perguntei quantos anos ela tinha.
– dezessete – ela respondeu
Na mesma hora a amiga dela, que também não parecia ter muito mais idade, respondeu:
– Tá vendo! Quase uma criança e falando dos outros.
De novo não me contive e perguntei a sua idade também: vinte.
Não que isso seja um problema. O problema é só o surto hormo-potteriano que tomou conta da sala de cinema depois do começo do filme. Cada vez que entrava em cena algum ator mais ou menos bonito era a deixa pra histeria, gritaria, palavras de amor. Triste, triste.
Agora, o pior de tudo era que, pelo menos do pessoal que estava na mesma sala que eu, as pessoas pareciam levar as coisas do filme pro lado pessoal. Como se qualquer ato maléfico cometido contra seus personagens favoritos fosse cometido contra o próprio expectador.
E a tão esperada cena do beijo do Harry Potter? Parecia que o mundo ia desabar na minha cabeça. A barulheira que fez, de gritos, uns de apreço, outros de raiva, e alguns só pra fazer barulho junto. Nunca vi, ou melhor, ouvi uma coisa assim, a não ser em jogos de futebol.
De qualquer forma, apesar de certo constrangimento, afinal de contas, sou um homem adulto, assistindo um filme na madruga, cercado por adolescentes com os hormônios à flor da pele, acho que tinha o direito de estar lá. Até porque, quando eu comecei a ler as aventuras do bruxo mais famoso da atualidade, a maioria dos meus colegas de cinema nem mesmo sabia ler.
A média dos que esperavam na fila era tão adolescente que chegou a extremos de uma menina que estava logo atrás de mim dizer que o tumulto todo era causado porque “lá na frente só tem moleque!”. Olhando para o rosto frágil e delicado da menina que falou aquilo, não resisti e perguntei quantos anos ela tinha.
– dezessete – ela respondeu
Na mesma hora a amiga dela, que também não parecia ter muito mais idade, respondeu:
– Tá vendo! Quase uma criança e falando dos outros.
De novo não me contive e perguntei a sua idade também: vinte.
Não que isso seja um problema. O problema é só o surto hormo-potteriano que tomou conta da sala de cinema depois do começo do filme. Cada vez que entrava em cena algum ator mais ou menos bonito era a deixa pra histeria, gritaria, palavras de amor. Triste, triste.
Agora, o pior de tudo era que, pelo menos do pessoal que estava na mesma sala que eu, as pessoas pareciam levar as coisas do filme pro lado pessoal. Como se qualquer ato maléfico cometido contra seus personagens favoritos fosse cometido contra o próprio expectador.
E a tão esperada cena do beijo do Harry Potter? Parecia que o mundo ia desabar na minha cabeça. A barulheira que fez, de gritos, uns de apreço, outros de raiva, e alguns só pra fazer barulho junto. Nunca vi, ou melhor, ouvi uma coisa assim, a não ser em jogos de futebol.
De qualquer forma, apesar de certo constrangimento, afinal de contas, sou um homem adulto, assistindo um filme na madruga, cercado por adolescentes com os hormônios à flor da pele, acho que tinha o direito de estar lá. Até porque, quando eu comecei a ler as aventuras do bruxo mais famoso da atualidade, a maioria dos meus colegas de cinema nem mesmo sabia ler.
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