Mais uma vez ouço noticias sobre catástrofes aéreas. Um avião enorme simplesmente sumiu no mundo e ninguém sabe exatamente onde ele foi parar! Ele pode ter caído e afundado ou os passageiros resolveram tirar umas férias!
Tudo bem, sem piadas sobre uma coisa seria! É o impulso. Foi um acidente trágico. Um fim triste para pessoas que nem sequer se conheciam umas às outras. Um minuto de silencio
*********
Na verdade o que mais me preocupa nisso não é exatamente o acidente em si (não que isso diminua sua tragédia). O maior problema, na minha opinião, são as conseqüências que esse acidente vai trazer.
Desde que o Airbus 330 sumiu, eu vejo um alarmante aumento de comentários acerca da insegurança de voar, de como a ameaça do caos aéreo continua a pairar, etc. Pior, já ouvi pessoas falarem que estão reavaliaando se iam viajar de avião, pensando se vale à pena ou se o risco é grande demais.
Só o que ninguém se lembra é que, apesar de todo o estardalhaço da mídia com os acidentes aéreos, ainda se morre muito mais nas estradas do que nos céus. A diferença é que existem muito mais culpas e muito mais culpados do que em acidentes aéreos.
Em primeiro lugar não existem estradas nos céus! Não existem formas de se fazer tapa-buracos e desviar recursos! Não se privatiza vias aéreas! Não existem – pelo menos não deveriam existir – pilotos bêbados ou imprudentes!
Tudo bem que, num acidente aéreo, quando o avião cai, dificilmente sobram passageiros vivos. Mas a quantidade de aviões que caem é consideravelmente menor do que de ônibus que despencam de barrancos ou acertam carretas que vem no sentido contrario. Num acidente viário ate sobram alguns passageiros vivos pra contar o que aconteceu. Mas isso ainda não compensa a quantidade que morreu.
Só à titulo de comparação, ate agora, quantos aviões caíram ou se acidentaram, com vitimas, no Brasil? E no mundo? Se não me falha a memória (algo não muito raro) no Brasil só aquele da TAM, que acertou um deposito!
Já nas estradas, só essa semana, que eu tenha visto, já foram uns três acidentes envolvendo ônibus ou vans. Fora aqueles de que só participaram carros pequenos. Ou aqueles que não saíram no Jornal Nacional!
Alem disso, eu pelo menos, nunca ouvi falar de um avião que tenha batido em outro porque o piloto durmiu no volante! Na verdade, só uma vez eu vi um acidente comprovadamente causado por imprudência dos pilotos: aquele que envolvia um jato particular (que ninguém me tira da cabeça que estava sendo pilotado por um dos passageiros e não pelo piloto mesmo) e um avião (por uma tétrica coincidência, da TAM de novo!).
Alem disso, ate onde vão os meus parcos conhecimentos, avião quando cai, é acidente mesmo! Não existe má conservação de vias aéreas nem de aviões. Quando avião cai é porque alguma coisa tava muito errada e não tinha conserto. Acidentes acontecem, cest’la vie!
Então, da próxima vez que você for criticar os transportes aéreos, a não ser que você esteja voando de TABA – Transportes Aéreos da Bacia Amazônica (ou Transportes Aéreos Bastante Arriscados, pros íntimos!) – pense duas vezes! Você estará, muito provavelmente, mais seguro nos céus do que aqui em baixo, nesses buracos cheios de estrada que audaciosamente chamam de rodovias.
Só tem um problema com os aviões: se você quiser uma parada de emergência, saiba que não tem cordinha!
Tudo bem, sem piadas sobre uma coisa seria! É o impulso. Foi um acidente trágico. Um fim triste para pessoas que nem sequer se conheciam umas às outras. Um minuto de silencio
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Na verdade o que mais me preocupa nisso não é exatamente o acidente em si (não que isso diminua sua tragédia). O maior problema, na minha opinião, são as conseqüências que esse acidente vai trazer.
Desde que o Airbus 330 sumiu, eu vejo um alarmante aumento de comentários acerca da insegurança de voar, de como a ameaça do caos aéreo continua a pairar, etc. Pior, já ouvi pessoas falarem que estão reavaliaando se iam viajar de avião, pensando se vale à pena ou se o risco é grande demais.
Só o que ninguém se lembra é que, apesar de todo o estardalhaço da mídia com os acidentes aéreos, ainda se morre muito mais nas estradas do que nos céus. A diferença é que existem muito mais culpas e muito mais culpados do que em acidentes aéreos.
Em primeiro lugar não existem estradas nos céus! Não existem formas de se fazer tapa-buracos e desviar recursos! Não se privatiza vias aéreas! Não existem – pelo menos não deveriam existir – pilotos bêbados ou imprudentes!
Tudo bem que, num acidente aéreo, quando o avião cai, dificilmente sobram passageiros vivos. Mas a quantidade de aviões que caem é consideravelmente menor do que de ônibus que despencam de barrancos ou acertam carretas que vem no sentido contrario. Num acidente viário ate sobram alguns passageiros vivos pra contar o que aconteceu. Mas isso ainda não compensa a quantidade que morreu.
Só à titulo de comparação, ate agora, quantos aviões caíram ou se acidentaram, com vitimas, no Brasil? E no mundo? Se não me falha a memória (algo não muito raro) no Brasil só aquele da TAM, que acertou um deposito!
Já nas estradas, só essa semana, que eu tenha visto, já foram uns três acidentes envolvendo ônibus ou vans. Fora aqueles de que só participaram carros pequenos. Ou aqueles que não saíram no Jornal Nacional!
Alem disso, eu pelo menos, nunca ouvi falar de um avião que tenha batido em outro porque o piloto durmiu no volante! Na verdade, só uma vez eu vi um acidente comprovadamente causado por imprudência dos pilotos: aquele que envolvia um jato particular (que ninguém me tira da cabeça que estava sendo pilotado por um dos passageiros e não pelo piloto mesmo) e um avião (por uma tétrica coincidência, da TAM de novo!).
Alem disso, ate onde vão os meus parcos conhecimentos, avião quando cai, é acidente mesmo! Não existe má conservação de vias aéreas nem de aviões. Quando avião cai é porque alguma coisa tava muito errada e não tinha conserto. Acidentes acontecem, cest’la vie!
Então, da próxima vez que você for criticar os transportes aéreos, a não ser que você esteja voando de TABA – Transportes Aéreos da Bacia Amazônica (ou Transportes Aéreos Bastante Arriscados, pros íntimos!) – pense duas vezes! Você estará, muito provavelmente, mais seguro nos céus do que aqui em baixo, nesses buracos cheios de estrada que audaciosamente chamam de rodovias.
Só tem um problema com os aviões: se você quiser uma parada de emergência, saiba que não tem cordinha!
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