"o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons"
Essa semana foi finalizada uma consulta pública que o Congresso Nacional fez, via internet, sobre o Projeto de Lei 122, que trata da criminalização de atitudes discriminatórias contra homossexuais, deficientes físicos e idosos.
Aparentemente, a questão dos idosos e dos deficientes é pacífica. Entretanto, o que causa discussão no Congresso é a questão dos homossexuais. Principalmente por parte da bancada evangélica. Chegaram até mesmo à chamar o projeto de “Mordaça Gay”! Incrível.
Não me causa muita estranheza o conservadorismo e a falta de tolerância por parte dos evangélicos. Boa parte dos políticos que integram essa parte da sociedade são bastante radicais. O que me assusta são os dados obtidos durante a consulta pública.
É preciso dizer que a Lei não impede ninguém de expressar suas opiniões ou outra coisa do gênero. Apenas torna crime a discriminação dos “diferentes”. Se você não gosta de gays, tudo bem, mas se você impedi-lo de entrar na loja em que você trabalha apenas pelo fato de ser gay, é discriminação. Isso não é cerceamento de opiniões ou algum tipo de “mordaça”. É respeito! Pelo próximo e por si mesmo, afinal, seguindo o ditado: “Respeitar para ser respeitado!”
Agora, quando eu fui votar eu fiquei realmente surpreso com o resultado parcial: o não estava ganhando! Quer dizer, o povo brasileiro não aprovava uma lei que obrigaria as pessoas a fazer algo que já deveria ser feito por vontade própria, uma lei que obrigue as pessoas a respeitarem seus semelhantes. Isso realmente me espantou.
Sinceramente, não sei o que pode ter causado esse tipo de atitude no povo brasileiro. Claro que o expressivo aumento no número de evangélicos no Brasil pode ter contribuído, mas não explica. O mais lógico (assim espero!) é q falta de informação. Eu mesmo descobri a consulta por acaso, quando visitei o site da Câmara dos Deputados por outros motivos. Assim, o povo brasileiro passaria de preconceituoso à mal informado. Não sei o que é pior, de verdade!
Agora, pior do que a falta de informação do povo brasileiro, ou pelo menos a falta de engajamento social, é forma como o “outro lado”, a bancada evangélica, tratou o assunto. Enquanto chamavam a Lei de “Mordaça Gay”, eles criavam uma “Mordaça preconceituosa e hipócrita”. Afinal, se qualquer um chama um evangélico de “crente”, eles ficam bastante irritados. Se você começar a fazer piadas com as roupas que eles obrigam suas mulheres à vestir ou com os cortes de cabelos (ou falta de corte) delas, eles se sentem muito ofendidos.
Então porque eles aceitam que outras pessoas sejam ofendidas e fiquem quietas? Porque impedir que pessoas que se sintam ofendidas por comentários ou ações preconceituosas busquem justiça? É claro que o preconceito arraigado tem sua parcela de influência, mas a meu ver, o grande motivo disso é a hipocrisia! Os evangélicos não querem que os gays tenham direito à justiça porque são os primeiros a insultá-los e discriminá-los. Então como fariam seus gritantes sermões se pudessem ir para a cadeia por isso?
Mas é importante que não tratemos com o mesmo preconceito que eles dispensam aos outros. Quando falo em evangélicos preconceituosos e hipócritas, me refiro à alguns. Outros, por outro lado, são pessoas amáveis e responsáveis, que não vêem problema algum na lei ou em qualquer outro instrumento criado para dar segurança jurídica aos homossexuais pelo simples fato de que eles não irão sofrer os rigores dessa lei, por que, gostando ou não de homossexuais, eles os respeitam, não por sua orientação sexual, sua raça ou seu credo, mas pela sua condição de ser humano.
É com base nesses exemplos que espero que o mundo caminhe. Só para ilustrar que existem pessoas que, mesmo levando com rigor suas convicções, não deixam de lado o respeito e a dignidade, basta dizer que, no inicio deste ano, o estado americano de Utah, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (nome oficial da Igreja Mórmon) declarou apoio à uma lei semelhante à brasileira, que impedia uma série de abusos que vinham acontecendo, tais como os homossexuais serem despejados de suas casas ou demitidos apenas em virtude de sua opção sexual.
Vale lembrar que a Igreja Mórmon é uma das mais radicais que existe e foi alvo de várias críticas no mesmo estado de Utah por ser radicalmente contra o casamento gay. O líder Mórmon justificou o apoio dizendo que não concorda com o homossexualismo, mas respeita os gays pela sua condição de homens livres.
Dessa forma, acho que fica claro que não importam suas convicções ou suas escolhas, desde que você respeite à todos. Isso é o primeiro passo para termos uma sociedade justa e evoluída. Vamos torcer para que isso aconteça ainda!
Só para finalizar, informo que o resultado não-oficial da consulta pública foi a de que o "sim" ganhou, mas por pouco. O resultado oficial deve sair na semana que vem.
Essa semana foi finalizada uma consulta pública que o Congresso Nacional fez, via internet, sobre o Projeto de Lei 122, que trata da criminalização de atitudes discriminatórias contra homossexuais, deficientes físicos e idosos.
Aparentemente, a questão dos idosos e dos deficientes é pacífica. Entretanto, o que causa discussão no Congresso é a questão dos homossexuais. Principalmente por parte da bancada evangélica. Chegaram até mesmo à chamar o projeto de “Mordaça Gay”! Incrível.
Não me causa muita estranheza o conservadorismo e a falta de tolerância por parte dos evangélicos. Boa parte dos políticos que integram essa parte da sociedade são bastante radicais. O que me assusta são os dados obtidos durante a consulta pública.
É preciso dizer que a Lei não impede ninguém de expressar suas opiniões ou outra coisa do gênero. Apenas torna crime a discriminação dos “diferentes”. Se você não gosta de gays, tudo bem, mas se você impedi-lo de entrar na loja em que você trabalha apenas pelo fato de ser gay, é discriminação. Isso não é cerceamento de opiniões ou algum tipo de “mordaça”. É respeito! Pelo próximo e por si mesmo, afinal, seguindo o ditado: “Respeitar para ser respeitado!”
Agora, quando eu fui votar eu fiquei realmente surpreso com o resultado parcial: o não estava ganhando! Quer dizer, o povo brasileiro não aprovava uma lei que obrigaria as pessoas a fazer algo que já deveria ser feito por vontade própria, uma lei que obrigue as pessoas a respeitarem seus semelhantes. Isso realmente me espantou.
Sinceramente, não sei o que pode ter causado esse tipo de atitude no povo brasileiro. Claro que o expressivo aumento no número de evangélicos no Brasil pode ter contribuído, mas não explica. O mais lógico (assim espero!) é q falta de informação. Eu mesmo descobri a consulta por acaso, quando visitei o site da Câmara dos Deputados por outros motivos. Assim, o povo brasileiro passaria de preconceituoso à mal informado. Não sei o que é pior, de verdade!
Agora, pior do que a falta de informação do povo brasileiro, ou pelo menos a falta de engajamento social, é forma como o “outro lado”, a bancada evangélica, tratou o assunto. Enquanto chamavam a Lei de “Mordaça Gay”, eles criavam uma “Mordaça preconceituosa e hipócrita”. Afinal, se qualquer um chama um evangélico de “crente”, eles ficam bastante irritados. Se você começar a fazer piadas com as roupas que eles obrigam suas mulheres à vestir ou com os cortes de cabelos (ou falta de corte) delas, eles se sentem muito ofendidos.
Então porque eles aceitam que outras pessoas sejam ofendidas e fiquem quietas? Porque impedir que pessoas que se sintam ofendidas por comentários ou ações preconceituosas busquem justiça? É claro que o preconceito arraigado tem sua parcela de influência, mas a meu ver, o grande motivo disso é a hipocrisia! Os evangélicos não querem que os gays tenham direito à justiça porque são os primeiros a insultá-los e discriminá-los. Então como fariam seus gritantes sermões se pudessem ir para a cadeia por isso?
Mas é importante que não tratemos com o mesmo preconceito que eles dispensam aos outros. Quando falo em evangélicos preconceituosos e hipócritas, me refiro à alguns. Outros, por outro lado, são pessoas amáveis e responsáveis, que não vêem problema algum na lei ou em qualquer outro instrumento criado para dar segurança jurídica aos homossexuais pelo simples fato de que eles não irão sofrer os rigores dessa lei, por que, gostando ou não de homossexuais, eles os respeitam, não por sua orientação sexual, sua raça ou seu credo, mas pela sua condição de ser humano.
É com base nesses exemplos que espero que o mundo caminhe. Só para ilustrar que existem pessoas que, mesmo levando com rigor suas convicções, não deixam de lado o respeito e a dignidade, basta dizer que, no inicio deste ano, o estado americano de Utah, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (nome oficial da Igreja Mórmon) declarou apoio à uma lei semelhante à brasileira, que impedia uma série de abusos que vinham acontecendo, tais como os homossexuais serem despejados de suas casas ou demitidos apenas em virtude de sua opção sexual.
Vale lembrar que a Igreja Mórmon é uma das mais radicais que existe e foi alvo de várias críticas no mesmo estado de Utah por ser radicalmente contra o casamento gay. O líder Mórmon justificou o apoio dizendo que não concorda com o homossexualismo, mas respeita os gays pela sua condição de homens livres.
Dessa forma, acho que fica claro que não importam suas convicções ou suas escolhas, desde que você respeite à todos. Isso é o primeiro passo para termos uma sociedade justa e evoluída. Vamos torcer para que isso aconteça ainda!
Só para finalizar, informo que o resultado não-oficial da consulta pública foi a de que o "sim" ganhou, mas por pouco. O resultado oficial deve sair na semana que vem.
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